O cantor Agnaldo Rayol, uma das vozes mais icônicas da música brasileira, faleceu nesta segunda-feira, 4 de novembro, aos 86 anos, em São Paulo, após complicações decorrentes de uma queda em sua residência. A notícia abalou fãs e admiradores, trazendo à tona não apenas sua carreira brilhante, mas também a comovente relação com sua esposa, Maria Gomes, com quem compartilhou mais de 50 anos de amor.
Antes de sua morte, Agnaldo teve uma atitude admirável ao abrir mão de sua carreira para cuidar de Maria, que enfrenta os desafios do Alzheimer. Essa decisão mostra a profundidade do amor que sentia por ela, revelando um lado mais íntimo do artista que sempre foi discreto sobre sua vida pessoal. Ele a chamava carinhosamente de “minha Maria”, e sua dedicação à esposa tocou profundamente aqueles que conheciam a história do casal.
Agnaldo Rayol, conhecido por sucessos como “Mia Joconda” e “Ave Maria”, também se destacou na televisão e no cinema, participando de diversas produções ao longo de sua carreira de mais de 70 anos. Sua trajetória artística começou cedo, e ele se tornou um fenômeno nas décadas de 60 e 70, sendo também reconhecido por suas interpretações de canções italianas.
O cantor deixa um legado musical inigualável e uma marca indelével na cultura brasileira. Seu velório foi realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, onde amigos e admiradores prestaram as últimas homenagens. O corpo de Agnaldo foi sepultado no cemitério Jetsen, em uma cerimônia restrita à família.
Além de sua esposa, Agnaldo não deixou filhos, mas tinha uma relação próxima com sua filhada, Vanessa Gonçalves, que foi confundida como filha por muitos. A missa de sétimo dia está programada para o próximo domingo, 10 de novembro, no Santuário Mãe de Deus, onde a comunidade poderá se reunir para lembrar e celebrar a vida desse grande artista. A partida de Agnaldo Rayol deixa um vazio na música brasileira, mas seu legado continuará a emocionar gerações.